História
É serio mesmo que eu tenho que escrever sobre a história de Aladdin… um grande sucesso da Disney que foi um dos mais vendidos e assistidos… Todo mundo aqui se lembra daquela cena clássica de quando Aladdin pega sua espada e luta contra o exercito de esqueletos e morcegos para escapar da prisão! Não??? É porque se fosse exatamente igual ao filme não seria um jogo muito divertido, não tem tantos inimigos e desafios no filme assim.
Contudo versão de Genesis é uma das que mais segue a história do filme, as fases são todas baseadas em momentos que vimos no cinema, como Agrabah, o palácio do Sultão e a caverna dos tesouros… mas tem uma diferença que, mesmo sendo sutil, separa completamente o filme do jogo, e é uma espada.
O Aladdin do jogo tem uma espada como arma principal, enquanto no filme ele é bem pacifista. Mas isso não atrapalha em nada o desenrolar da história, porque sempre temos apresentações, ou cutscenes, entre as fases para nos mostrar que as coisas continuam seguindo o filme, e não se focam no tanto que o Aladdin é um genocida que passa a espada em soldados, encantadores de cobras, cobras, e outros ao longo do jogo.
Gameplay
A jogabilidade é normal, não tem nada de tão diferente de um jogo plataforma regular. Você pode pular, atacar com maças e espada e… não, é só isso mesmo. Mas mesmo assim não o torna um jogo fraco, pois é extremamente divertido e satisfatório passar por cada fase. E bota satisfatório nisso, pois é um jogo impiedosamente difícil.
A espada é um grande ponto forte, não apenas pelo fato de podermos atacar, mas por ser extremamente bem feita. Em uma briga com outro inimigo que também possui espada, se ambos baterem ao mesmo tempo existe um som de metal batendo e ninguém toma dano, acaba dando uma sensação de briga de espadas. Alem do que o angulo que ela pega vai até seu pé e a distancia é favorável para uma reação rápida. Foi realmente muito bem feita. Mas nem só de ataques vive um plataforma, tem que ter plataformas (Duh?). E nesse ponto o jogo também não fica para trás, pois as fases são projetadas de forma que tenha que ser feito uma certa exploração, elas não são apenas andar para a direita, tem que subir, descer, voltar, enfim, explorar.
Outro ponto que gostaria muito de ressaltar são os rubis que pegamos ao longo do jogo, eles servem para uso em lojas que podemos comprar desejos e vidas, isso acrescenta uma vontade maior de coletar tudo nas fases para podermos comprar coisas. Os desejos funcionam depois das fases como uma maquina caça níquel, o que tirar você ganha, se o Jafar aparecer, perde tudo… como em Vegas, mas lá só se perde mesmo. Existem as fases bônus com o querido amigo do Aladdin, Abu. Basicamente o objetivo é desviar e potes que caem do topo, ele também tem uma espada que pode usar para quebrar esses potes. São simples, mas extremamente divertidos e difíceis.
Por último, mas não menos importante temos a fase do tapete… que é difícil, mas ajuda a sair daquele esquema de pular e bater, é um relaxamento que temos no meio do jogo. E mesmo sendo uma fase onde tudo passa extremamente rápido ainda tem comandos fluidos e responsivos que nos ajudam a passar com tranquilidade. A mão do gênio apontando o caminho também ajuda.
Gráficos
Esse é um jogo da Disney, e uma coisa que todos eles tem em comum é o fato de serem de saltar os olhos. O pixelart de Aladdin é incrivelmente bonito e bem detalhado até mesmo para os padrões de hoje, podemos distinguir com clareza cada elemento dentro do jogo, seja ele pequeno ou grande. Os cenários são muito bem detalhados, com coisas simples como um pouco de areia escorrendo de dentro de uma pedra no deserto. É sem sombra de duvidas uma obra de arte.
As animações são bastante fluidas e bem feitas, isso inclui as cenas entre as fases que são incríveis. Realmente se destaca entre os outros jogos da época pela forma que é transmitida essa história, com movimentos nas cenas alem de apenas texto e uma imagem estática.
Sonoplastia
O Genesis é conhecido pelo seu som inferior, falei… Mas sinceramente, eu gosto da forma que foi executado nesse jogo. Talvez seja saudosismo, talvez não, mas realmente sinto que os efeitos sonoros foram bem colocados, o som da espada cortando o vento ou atingindo algo, o som dos pulos, dos inimigos e outros foram bem convincentes para mim.
Já as músicas… são só okay. Antes de explicar o porque, quero falar que temos que dividir em duas categorias, músicas adaptadas do filme e músicas originais feitas para o jogo. As originais são excelentes, pois foram feitas pensando na qualidade do som do Genesis e com isso se tornam agradáveis aos ouvidos. Mesmo em versões similares com som melhor como a de MS-Dos, essas músicas originais se destacam bem. Agora as que são adaptadas de Aladdin, são péssimas para se dizer o mínimo. É interessante ouvirmos as músicas de nossos musicais favoritos em jogos, mas isso quando não são mal adaptadas.
Conclusão: A melhor adaptação de Aladdin
Existe uma certa guerra entre Sega e Nintendo, mas nesse caso eu creio que o da Sega ganha. Não apenas pelo conteúdo de ação, mas também pelas plataformas em si, o level design da versão de Genesis foi melhor planejado em diversos sentidos, tanto por exploração quanto por cenários. Claro que isso é uma opinião pessoal, mas podemos ver o próprio criador da versão da Nintendo, Shinji Mikami, falando em uma entrevista que preferiria a versão de Genesis, pois queria uma espada.
Mas não me levem a mal, o fato de uma versão ser melhor não significa que a outra seja ruim. A IGN citou que a versão de Super Nintendo é “sem sal” comparado com a de Genesis, mas eu discordo piamente, ambas são extremamente divertidas dentro de sua atuação que é plataforma. São jogos bem diferentes e para públicos diferentes, é como comparar água com água de cocó. Particularmente eu recomendo vocês a jogarem ambas, pois é como disse, jogos da Disney são de saltar os olhos e só nisso já vale a pela para os apreciadores saudosistas da arte que é o vídeo game.
