História

Muito antes de B.J. ser preso, Hitler queria dominar poderes sobrenaturais. Para isso ele rouba a lança do destino (ou Spear of Destiny) de Versalhes e a envia para o castelo Nuremberg para ser estudada. Então B.J. é enviado para recuparar a SOD, contudo no castelo encontra uma alta resistência nazista e enfrenta os mutantes pela primeira vez, o que leva aos acontecimentos do primeiro jogo onde ele já sabia da existência deles e tenta descobrir mais sobre a operação militar que os criou.

Depois de enfrentar todos que cruzam seu caminho, B. J. consegue derrotar o responsável por guardar a SOD, mas após toca-la ele é enviado diretamente para o inferno (tinha que ser dos criadores de Doom mesmo). Nas profundezas do submundo ele enfrenta seu pior desafio, o Anjo da Morte, e após derrota-lo, B.J. é encontrado pelo exercito da Aliança com a SOD, mas promete a si mesmo nunca falar dos eventos ocorridos no inferno para ninguém ou seria julgado insano.

Ai vem as duas expansões que são conhecidas como “Lost Episodes”, em Return to Danger a SOD é roubada novamente 6 meses depois, B. J. é enviado, derrota nazistas e mutantes, encosta na SOD, é enviado para o inferno, enfrenta o dêmonio encarnado, é encontrado desmaiado e não conta para ninguém… hummm, já ouvi isso antes. Mas vamos a segunda expansão, em Ultimate Challenge o nazismo pega a SOD, B. J. é enviado e… pera, inferno, dêmonio, o mesmo final… Okay, isso já é ridículo!

A história das duas expansões é exatamente a mesma do jogo original, não alteraram nem sequer o texto exibido no final ou a arte da capa! Ponto positivo pela enredo criativo, ponto negativo por repeti-lo três vezes!

Gameplay

Bom, se você leu minha review do Wolfenstein 3D já sabe de tudo sobre SOD. A única diferença no gameplay é o titulo anterior era dividido em episódios com um “chefão” no final de cada um, já nesse é apenas um grande episódio com 21 fases (Sendo duas bônus) e 5 chefes distribuídos entre elas. As expansões, surpresa surpresa, 21 fases e 5 chefes, francamente… Pelo menos são 63 mapas no total e são todos diferentes, senão teríamos um grave problema de falta de criatividade.

Mas enfim, é o mesmo FPS com elementos labirínticos do jogo anterior, então eu sugiro que leia mais em minha outra review caso queira entender melhor a jogabilidade desse grande clássico.

Gráficos

Spear of Destiny 01O SOD tem apenas nesse quesito uma diferença ao clássico Wolf3D, texturas, objetos e inimigos foram adicionados, e mesmo que quase imperceptível, são melhores. As animações de inimigos tem mais movimento e os sons estão mais polidos.

Já nas expansões… estão INFINITAMENTE melhores! Achou que eu iria falar que estavam ruins não é? Mas não, as expansões, apesar de terem a mesma história e mesma jogabilidade, tem também gráficos completamente remodelados, as armas agora são azuis, temos inimigos com traços voltados mais para o real. Paredes, portas, chaves e até mesmo todos os objetos foram remodelados para o novo gráfico. Nesse ponto a expansão me cativou muito, e acabou me prendendo mais para ver as novas texturas e inimigos do que tudo.

Sonoplastia

Do que adiantaria melhorar as texturas e não as músicas? Então temos uma nova trilha sonora para SOD, e novamente as expansões se destacam por sons um pouco mais próximos do real e uma trilha sonora agradável aos ouvidos.

Conclusão

Spear of Destiny tem uma história melhor e mais trabalhada que seu predecessor, boa trilha sonora e ainda é agradável de se jogar. O problema são as expansões, que mesmo com a melhora visual, tem as mesmas histórias, e foram lançadas ainda 2 anos depois do SOD, o que as tornou pouco populares. Confesso que os mapas novos me atraíram, mas a ideia de ter o mesmo final, com os mesmos chefes mudando apenas as texturas deles foi extremamente frustrante e desmotivador.
Por isso eu recomendo ainda jogarem o Wolfenstein 3D, e se tiverem fôlego, a sequencia com suas expansões.